Fui assistir a peça “Entre a espada e a rosa”, do grupo joinvilense Fio de Ariadne [no Espaço Ava Ramin, no dia 27/02]. A peça é a primeira montagem do grupo, tendo no elenco atriz e professora de teatro Ângela Finardi e a novíssima nos palcos Gisele Becker. A montagem é uma “adaptação” de contos da Marina Colasanti.
No meu pouco conhecimento teatral, não classifico a montagem como uma adaptação. A senti como um encontro de elementos da contação de história, a prática de pegar um livro e contar com palavras alimentadas no coração de quem conta e de quem escuta. Ocorreu uma ruptura da fronteira do fazer teatral e a contação, era um flerte com a memória já vivida de quem está contando-encenando, cujos movimentos dos corpos e marcas eram teatrais.
O cenário remetia a cozinha, daquelas típicas da casa da vó, trazendo parte do universo feminino. Ficou explicito as memórias de quem conta-encena. Que bom!
A presença de Ângela é de quem conhece cada sobra de poeira da cozinha, não deixando um único espaço vazio do sue toque, seja com os movimentos do seu corpo, o volume da voz ou com o ruído do silêncio. A Gisa se faz presente no seu tamanho físico, engrandecido pela força dos seus sentimentos, entrando por toda cozinha com uma beleza encantadora, tendo uma voz suave, como se as horas fossem embora sem tomar nota do seu adiantar.
Caso pegue o texto para ler na noite de hoje, os sentidos despertados serão outros, quem sabe profundamente melancólicos com as fábulas de Colasanti. No dia da apresentação nada disso senti, pois Ângela e Gisele me deixaram confuso na suavidade das suas vozes e dos seus corpos. Na noite de hoje, escolho ficar com os sentidos do fim de domingo.
postando por Maikon K em seu blog:
http://www.amor-armado.blogspot.com/
No meu pouco conhecimento teatral, não classifico a montagem como uma adaptação. A senti como um encontro de elementos da contação de história, a prática de pegar um livro e contar com palavras alimentadas no coração de quem conta e de quem escuta. Ocorreu uma ruptura da fronteira do fazer teatral e a contação, era um flerte com a memória já vivida de quem está contando-encenando, cujos movimentos dos corpos e marcas eram teatrais.
O cenário remetia a cozinha, daquelas típicas da casa da vó, trazendo parte do universo feminino. Ficou explicito as memórias de quem conta-encena. Que bom!
A presença de Ângela é de quem conhece cada sobra de poeira da cozinha, não deixando um único espaço vazio do sue toque, seja com os movimentos do seu corpo, o volume da voz ou com o ruído do silêncio. A Gisa se faz presente no seu tamanho físico, engrandecido pela força dos seus sentimentos, entrando por toda cozinha com uma beleza encantadora, tendo uma voz suave, como se as horas fossem embora sem tomar nota do seu adiantar.
Caso pegue o texto para ler na noite de hoje, os sentidos despertados serão outros, quem sabe profundamente melancólicos com as fábulas de Colasanti. No dia da apresentação nada disso senti, pois Ângela e Gisele me deixaram confuso na suavidade das suas vozes e dos seus corpos. Na noite de hoje, escolho ficar com os sentidos do fim de domingo.
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